quinta-feira, 9 de abril de 2009

Qual é o problema?

Não começo esse escrito com vontade de defender um argumento. Quero simples e modestamente saber qual o grande problema, qual o ocorrido e qual seria uma possível solução.
Serei eu? Muitas vezes chego a pensar que sim, mas não tenho plena certeza. Muitos dos meus encontram-se em situação semelhante; outros, tão engolfados pelo mar de nada, nem se dão conta de estarem a submergir no mundo dos acéfalos-fazedores-de-qualquer-coisa-porque-dá-dinheiro.
Não quero viver toda a vida detrás de uma mesa, num escritório que não tem nada a ver comigo (ah, Google, como gostaria de trabalhar contigo... hahaha), nem quero vive-la toda apenas pensando em juntar dinheiro (coisa que seres humanos normais e honestos nunca conseguem fazer) para viver uma velhice saudável, feliz e natureba.
Quero uma juventude saudável, feliz e natureba. Quero sentir a grama debaixo dos meus pés, o frescor da terra recém molhada pelo orvalho suave da noite, ouvir o canto dos pássaros e poder desfrutar de tudo isso sem ser apenas pela imaginação ao assistir um vídeo sobre a vida de fulaninho do mato. Quero isso pra mim. Escritório não.
Fico impressionado como milhares de milhões de pessoas se satisfazem em viver uma vida semi-escrava por todo o ano e achar que as férias de apenas duas semanas são suficientes para uma vida feliz. MEU DEUS DO CÉU! Viver de uma maneira caótica e corrida como a vida diária na cidade grande não me faz nem um pouco feliz, mas me vejo sendo levado pela correnteza, achando que "nas férias eu descanso, nas férias faço o que quero fazer". Quero fazer agora!
Quero ser feliz agora, quero sentir o cheiro de terra molhada agora, quero passar tempo com as pessoas que amo agora! Amanhã pode não haver espaço pra felicidade, somente correria; pode não haver sentidos ou sentimentos necessários para viver plenamente (seres humanos se endurecem com a vida urbana mega-apressada de hoje, nem olhamos mais nos olhos, não damos bom dia e abaixamos a cabeça no elevador) e o pior: as pessoas que amamos podem não mais estarem aqui, para que passemos tempo com elas!
Devo estar na profissão errada, na faculdade errada, no tempo errado, na cidade errada. Alguma coisa há de ser. Não posso conceber essa idéia de viver jogando a hora de ser feliz para mais além. Quero encontrar prazer no estudar, prazer no aprender na faculdade, em ser feliz estudando o que gosto de estudar... Trabalhar com o que me apraz, viver daquilo que, de alguma forma, me complementa e satisfaz. Resta saber o que é.
E chega de divagadores do nada e iludidos dando noção de que o mundo é uma maravilha(por que vivem somente de teoria). De manhã ouço que o mundo tá se acabando pra nós, nas palavras do professor "fazemos pra não morrer de fome". De tarde ouço que "fulaninho, meu amigo, trabalha só com design de andaimes. É riquíssimo!". Poupe-me das suas galhofadas.

É, deu pra perceber que esse post não foi sobre desenhos, mas sobre dúvidas do viver. Se cheguei a alguma conclusão, ainda não percebi; se me perdi durante a escritura do texto, também não sei. Ao menos coloquei pra fora de uma maneira semi-organizada.

Ah, pra não falar que não teve desenho nesse post, tá aí:
Esse desenho não é meu, mas é simplesmente MASSA.



Bem, até mais. Espero que com respostas.
PS.: Duvido que alguém leia.

9 Comentários:

Anonymous Leonardo disse...

É Bil, essa vida de cidade grande realmente extressa. Sinceramente não imagino nenhuma resposta para esses problemas mas, proxima vez que eu for pra fazenda te chamo pra vc pisar na grama e montar cavalo.

abraço o/

10 de abril de 2009 às 11:07  
Blogger . disse...

sobre o texto: 1. conheço fulaninhos normais e honestos que conseguem juntar dinheiro | 2. Não sei quem são os teóricos que você lê mas os que eu leio são bastante realistas. O que me impressiona neles é justamente o fato de ainda assim estarem gerando conteúdo a respeito de seus estudos, não se afogando na bebida no bar da esquina ^^; Quanto aos seus desejos, acho que tudo nessa vida é uma questão de prioridade, planejamento e de se encontrar, claro. Se você não se encontrou, continue pensando e sentindo, quem sabe um dia? Pegue os exemplos dos fulaninhos e bote em prática ao seu modo. Mas aí entra um aviso: Uma vez que você mora com seus pais que, por sua vez, moram na "cidade grande" ou, como eu prefiro chamar, no "interiorzão" que é Salvador, acho que você vai ter que adquirir um pouco mais de indepedência se quiser viver já da forma que deseja. Que tal começar aprendendo a pegar ônibus?

10 de abril de 2009 às 11:22  
Anonymous Anônimo disse...

Por que seres normais e honestos nunca conseguem juntar dinheiro?

10 de abril de 2009 às 11:38  
Blogger ° BiL ° disse...

Já dizia um antigo ditado: Quem trabalha não tem tempo pra ganhar dinheiro.

10 de abril de 2009 às 11:39  
Blogger Fabíola Queiroz disse...

só resta saber ... o que ?

:*

10 de abril de 2009 às 12:32  
Anonymous João Balu disse...

tô achando que você precisa viver uns tempos com os hippies, Abilgo!

12 de abril de 2009 às 22:12  
Blogger ° BiL ° disse...

Eu também, amigo urso.

12 de abril de 2009 às 22:44  
Blogger Ruhan Moreira disse...

Abilgo, li o seu post e discordo de tudo. Cuidado com algumas afirmações, como 'acéfalos-fazedores-de-qualquer-coisa-porque-dá-dinheiro' e 'coisa que seres humanos normais e honestos nunca conseguem fazer'. Eu me considero humano, normal e honesto, e, quebrando a sua regra, eu consigo guardar dinheiro. Me parece clichê achar que trabalho em escritório é igual a escravidão, isso com certeza é uma questão de ponto de vista e de realização pessoal, também não espere achar respostas prontas, principalmente na faculdade, se você não tem um objetivo claro formado em sua mente. Se te agrada a idéia de buscar felicidade num lugar pacato e cheio de natureza, procure isso então. E repito, cuidado com suas afirmações a respeito da vida dos outros, defenda a sua opinião baseado na sua vivência (já que também é tão a favor de copyright).

14 de abril de 2009 às 22:21  
Blogger ° BiL ° disse...

Enquanto puder falar, falarei. Não cito nomes, então somente se sentirá atingido aquele a quem a carapuça servir. Não me preocupo nem um pouco com "as afirmações a respeito da vida dos outros". Quem quiser falar de mim, fale.

Esse texto é, somente, a expressão do meu pensamento. Não procuro atacar ninguém. Sobre os 'acéfalos-fazedores-de-qualquer-coisa-porque-dá-dinheiro', apenas lembrei de Paulo falando que a gente tem que fazer por que "é isso aí que vai pagar as contas no final do mês".

Ah, outra coisa: esse texto está pronto. Não é como um desenho, em que opiniões e pitacos o ajudarão a melhorar. Ele não será mudado. É isso aí e pronto. Se, por um acaso, eu mudar de opinião depois, escreverei outro texto, talvez até refutando tudo o que aqui escrevi, mas 'corrigir' ou modificar, jamais.

15 de abril de 2009 às 07:15  

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